6.12.07

Na gaveta

Ela guardava na gaveta uns papéis rabiscados, umas fotos amassadas, umas cartas antigas e uns amores não vividos.
Sempre que precisava desprender lágrimas cheias de espinhos da garganta, ela abria a gaveta e inalava o cheiro de vida vivida pela metade.

3 comentários:

Anônimo disse...

guardo tanto de mim na gaveta. que acho que vivo na mesma.

rs

esse espaço nem tem fábulosos rascunhos.

Angela disse...

"lágrimas cheias de espinhos"! dolorido mas, bonito à bessa!
E, um hábito terapeutico, veja só!
Gostei de seu blog!

Sandra Regina disse...

Eu também tenho uma gaveta assim!... Achei vc no Contratempo... e vim te "conhecer". Bela surpresa! Adorei seus textos! beijos